“Vacinas” homeopáticas

Na passada semana o canal britânico BBC emitiu um pequeno programa sobre nosodos (o equivalente homeopático às vacinas). A reportagem alerta não só para os perigos de usar exclusivamente este tipo de produto como também chama a atenção para as recomendações perigosas que homeopatas fazem quando se trata de aconselhar os pais sobre imunização.

Uma “vacina é uma preparação antigénica, que inoculada (administrada) num indivíduo induz uma resposta imunitária protectora específica de um ou mais agentes infecciosos.” [1] A vacina é normalmente composta por microrganismos (vírus ou bactérias) completos, mortos ou atenuados. Para saber mais sobre o tipo de antigénios usados nas vacinas, por favor, consulte a página em português para uma informação fidedigna.

As vacinas são uma das melhores conquistas da medicina contemporânea. Desde a sua criação que houve uma redução drástica da probabilidade de uma criança morrer ou sofrer complicações causadas por diferentes doenças infecto-contagiosas.[2] Actualmente, há um esforço continuo a nível global na luta contra doenças que são facilmente prevenidas através das vacinas. A Organização Mundial de Saúde calcula que 1.5 milhões de mortes entre crianças com menos de 5 anos foram causadas por doenças que poderiam ter sido evitadas através de programas de vacinação. [3]

Imagem captada do You Tube
Imagem captada do You Tube

Porque o sucesso dos programas de vacinação tem sido enorme e porque a nossa capacidade de recordar ou nos informarmos sobre um passado não muito distante é deficiente, tendemos a negligenciar as doenças que incapacitaram e levaram à morte milhares de crianças. Julgamos que não são perigosas, porque não ouvimos falar da morte de crianças com sarampo ou tosse convulsa. Nunca o ditado popular “longe da vista, longe do coração” fez tanto sentido. Mas, infelizmente, o regresso de doenças que estavam quase a desaparecer do mundo “ocidental” está mesmo à nossa porta e é impossível ficar indiferente. [4] [5]

Grande parte da responsabilidade do aumento de crianças não vacinadas cabe ao movimento anti-vacinação,* geralmente activo no mundo que beneficiou largamente dos programas de vacinação das décadas anteriores. É um movimento mal informado e que se tem esforçado por criar muitas dúvidas quanto às vacinas e, infelizmente, tem conseguido incutir o terror nas pessoas perante uma medida preventiva que tem salvo imensas vidas.

A tosse convulsa (Bordetella pertussis) é uma daquelas doenças que está a regressar em força. Nos EUA, o surto conta já com 41,000 casos em 2012 [6] e registo de 18 mortes. [6] [7] Também na Europa, no Reino Unido contam-se já 13 mortes. [8] Embora não sejam claras as razões deste surto de tosse convulsa, é provável que o tempo entre as doses recomendadas para a toma da vacina não seja suficiente para garantir a imunidade total. Mesmo assim, a probabilidade de contrair a doença é 8 vezes mais elevada entre os não vacinados do que aqueles que foram vacinados. [9] Os bebés antes de completarem os 2 meses são o grupo de maior risco por não terem ainda idade suficiente para serem vacinados e por serem aqueles mais vulneráveis à infecção, podendo ser causa de morte. É importante, por isso, garantir que as pessoas no seu meio estejam imunizadas.

É por estes casos serem tão graves que não é de surpreender que, durante esta semana, uma reportagem feita pela BBC tenha causado alarme no Reino Unido. A investigação levada a cabo pelo programa BBC Inside Out South West revelou que vários produtos homeopáticos, catalogados como vacinas, estavam à venda numa das casas de Homeopatia mais conhecida do Reino Unido, a Ainsworths. O proprietário, Anthony Pinkus, quando confrontado com a investigação afirmou que era claro que os seus produtos não eram medicamentos farmacêuticos e que não os recomendava para tratamento e prevenção de doenças. [10]

Para confirmar a declaração de Pinkus, a repórter da BBC – fazendo-se passar por uma mãe preocupada com o surto de tosse convulsa no Reino Unido – enviou um e-mail a Anthony Pinkus, perguntando sobre as “vacinas” homeopáticas, qual a sua eficácia e se era aconselhável usar o nosodo em conjunto com a vacina. Em resposta por escrito, o proprietário da Ainsworths, assegurou que o nosodo homeopático, Pertussin, era eficaz, aconselhando o seu uso exclusivo para a protecção contra a tosse convulsa, sendo uma boa alternativa à vacinação e também por reduzir os efeitos secundários das vacinas. [11]

[youtube=https://www.youtube.com/watch?v=TZf9mUzI4RI]

Pertussin é um produto homeopático que sofreu uma diluição de 30C – a substância foi diluída 1 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 vezes!!! [12] Não há uma única molécula da substância original para causar uma reação no sistema imunitário. De salientar que o mesmo princípio – quanto maior a diluição, maior a potência – é transversal a todos os produtos homeopáticos.

As crianças que sejam inoculadas com um produto homeopático não estão protegidas, de maneira alguma, contra a tosse convulsa ou qualquer outra bactéria ou vírus.

A alusão aos efeitos secundários das vacinas tem como propósito de lançar dúvida e confirmar os receios dos pais quanto à eficácia das vacinas. É uma táctica para atrair potenciais clientes, aproveitando a propaganda do movimento anti-vacinação.

Os efeitos secundários das vacinas realmente existem, já que em todos os medicamentos ou tratamentos médicos existindo impacto a nível fisiológico existe também a probabilidade de existir efeitos tanto primários como secundários. No entanto, os efeitos secundários mais comuns das vacinas são dor ou irritação da pele naquelas vacinas administradas por injecção. Existem outro tipo de efeitos secundários ou reacções adversas cuja gravidade é considerável, mas estas são raras, acontecendo “numa frequência inferior a 1 para cada meio milhão de doses administradas”.[13] Para saber mais sobre efeitos secundários das vacinas, consulte esta página.

Esta reportagem da BBC não é a primeira do género. Em 2011 outra reportagem trouxe à luz as recomendações de homeopatas, incluindo a mesma Ainsworth, de produtos publicitados como preventivos contra a malária, polio e dengue. [14] [15]

Estes não são casos isolados. Uma busca simples na internet e encontramos “alternativas” à vacinação, existem vários nosodos para as mais diversas doenças. Desde a gripe (embora oanti-gripal mais popular de França seja um absurdo mesmo em termos homeopáticos, já que não faz uso do vírus da gripe) à Varíola a única doença que foi erradicada graças à vacinação. [16]

As vacinas salvam vidas. E se tiver dúvidas sobre imunização, por favor, consulte a página http://www.vacinas.com.pt

.

* A COMCEPT voltará ao tema do movimento anti-vacinação num futuro próximo.

———————–

FONTES

[1] O que são vacinas?

[2] CDC statistics demonstrate dramatic declines in vaccine-preventable diseases when compared with the pre-vaccine era Versão .pdf

[3] Vaccine-preventable diseases

[4] Measles and Rubella report Versão .pdf

[5] Europe must act on Measles outbreak

[6] Pertussis Outbreak

[7] Two more whooping cough deaths reported in U.S.

[8] Whooping cough kills three more babies

[9] Whooping Cough Vaccine Less Effective Over Time: Study

[10] Homeopathic ‘vaccine pills’ should be withdrawn, says regulator

[11] Transcrição do e-mail entre a repórter da BBC e Anthony Pinkus

[12] Homeopathic Dilutions Página na wikipedia

[13] Efeitos secundários das vacinas

[14] Is bad homeopathic advice putting travellers at risk

[15] Malaria advice ‘risks lives’

[16] A Varíola

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27 Comments

  1. Se não fossem tão atadinhos e se realmente fossem bons cientistas já tinham percebido que esse sarampo que anda por aí acontece nas pessoas que foram vacinadas… LOL. Essa é ma das vacinas que mais problemas dá, encefalites. Pois é , não sabiam, isto de ler livros e usar a wikipedia tem as suas limitações. Façam o favor de não contribuirem para a produção de mais lixo informativo. Usem o vosso tempo a tratar coisas realmente significativas e terríveis que a vossa querida ciência nos trás sem qualquer justificação plausível.

    Autism: Made in America (Full Version)
    http://undergrounddocumentaries.com/autism-made-in-america-full-version/

    Toxic Light – The Dark Side of Energy Saving Bulbs [link editado pela COMCEPT – irrelevante para a discussão]

    Mais assuntos relevantes: [link editado pela Comcept – irrelevante para a discussão]

    Isto é uma mensagem para não publicar.
    Sabem o que me incomoda realmente em vocês, sejam lá quem forem?
    Vocês não estão aí para explicar ou entender nada, estão demasiados baralhados para sairem da fumaça. Façam um retiro e estudem bem o que pretendem criticar, de outra forma um dia terão uma humilhação qualquer…

    1. Caro Basilista

      Resolvi aprovar o seu comentário porque servirá para futuros leitores poderem apreciar as táticas de quem não tem argumentos: O insulto, a ausência de dados concretos e a tentativa constante de inserir assuntos não relevantes ao tema que se discute.

      Na sequência dos seus comentários anteriores, o/a senhor/a continua a fazer afirmações sem fundamentação. Mas opto por deixar aqui alguns sítios na net para quem possa achar que existe alguma verdade naquilo que escreve, porque o sarampo é uma doença grave.

      Os surtos de sarampo que existem na actualidade derivam de uma quebra na vacinação:

      http://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/mm6115a1.htm
      http://www.bmj.com/content/342/bmj.d3724?rss=1
      http://wwwnc.cdc.gov/travel/notices/outbreak-notice/measles.htm
      http://pediatrics.about.com/od/measles/a/measles-outbreaks.htm

      O tema do autismo será abordado num artigo a publicar futuramente pela COMCEPT. Mas deixo aqui informação para digerir lentamente:
      http://www.skeptic.com/eskeptic/09-06-03/
      http://cid.oxfordjournals.org/content/48/4/456.full

      Se tem dúvidas quanto às regras para comentar na Comcept, leia, por favor a nossa política de comentários na barra imediatamente abaixo.

    2. Caro(a) Basilista,
      Qualquer cientista (ou leigo) que tenha estudado o que são e como funcionam as vacinas, sabe que elas não têm 100% de eficácia (tal como acontece com qualquer outro medicamento). Nada de novo nessa sua afirmação.
      Já o sarampo, é uma doença que pode ter consequências bem graves, muito mais graves (que incluem a encefalite, surdez, etc) e em muito maior percentagem que aquelas que acontecem devido a reacções alérgicas a qualquer vacina ou medicamento.

      http://hmsportugal.wordpress.com/2011/10/10/sarampo/

      Por isso as vacinas salvam vidas e o sarampo mata. E isso é realmente significativo.

      1. O artigo que colocou em link aparece repetido em vários sites anti-vacinação, todos eles a reportarem casos de paralisação, sem referir qualquer outra fonte senão um recorte de jornal.

        Encontrei o assunto neste site http://reliefweb.int/report/chad/38-children-hospitalised-after-meningitis-shot-chad que pelo menos indica uma fonte mais fidedigna, a AGENCE FRANCE-PRESSE. Neste artigo, ao contrário do alarmismo do link que indicou, reporta que foram registadas reacções adversas, (gemidos e convulsões – não há indicação de paralisia) mas que as crianças estão bem e que o assunto está a ser investigado.

        Até se provar que houve realmente uma reacção adversa à vacina e se ela foi grave ou não, julgo que não podemos confiar nas “reportagens” de sites anti-vacinação.

  2. Espero que conheça as afirmações públicas de Bill Gates em relação ao uso que a sua Fundação está a fazer delas. Espero que saiba disso, não me vai negar a eugenia. Não peça à ciência para provar coisas que não lhe competem e a vida ultrapassa-a largamente.

    1. Uma vez mais o(a) Basilista desvia-se do assunto em causa. O que é que o Bill Gates e a sua fundação tem a ver com os nosodos homeopáticos, a sua ineficácia e perigos?

  3. E outra coisa… autismo? Vá ao terreno, conheça a história das pessoas, veja as crianças e as suas limitações … faça tudo mas não lhes chame crianças índigo ou cristal para esconder a palhaçada e o crime contra a humanidade.

    1. E lá vem mais um desvio, ou deverei chamar-lhe manobra de diversão?
      Gostaria que nos apontasse onde é que na COMCEPT alguma vez relacionamos o autismo com as chamadas “crianças índigo”? No futuro, seguramente falaremos nelas, mas se calhar é capaz de ficar surpreendido(a) com a leitura…
      As limitações do autismo (ou melhor, síndromes de autismo) são realmente tremendas e a luta dos pais é monumental. Não os insulte com inverdades, por favor.
      E se quer comentar este texto e o tema que nele abordámos, cinja-se a ele, como ditam as normas do site, para as quais já foi alertado(a).

  4. A melhor de todas são os links editados pela Comcept
    ? irrelevante para a discussão ???????????????? Ah, essa é boa.

    Sabem, espero que os vossos filhos ou familiares não tenham azar de ser vítimas de uma vacina, como num caso que me foi dado a conhecer recentemente, para lá de outros, verão como metem a ciência no saco e a atiram para bem longe.

    Vou deixar de vir ao vosso blogue, é um insulto o modo como lavam os problemas com o cepticismo. Sigam em frente…

    1. Caro Basilista,

      Foi o/s senhor/a quem mencionou o autismo no único link que tinha algo remotamente parecido com o tema em discussão (vacinas).

      Todos os comentários são bem vindos desde que sigam a nossa política de comentários:

      “Temos por regra basear aquilo que escrevemos em dados factuais ou em documentos que facilmente podem ser acedidos. Por essa razão, antes de escrever a sua opinião verifique se essa opinião é igualmente fundamentada.”

      Desde o primeiro momento o senhor recusou-se a fundamentar as suas opiniões, debitando links para vídeos do You Tube ou sites de teorias da conspiração, muitas vezes sem ligação alguma com o tema em discussão, numa verdadeira missão de sabotar qualquer tipo de discussão inteligente ou educada.

      Estamos num país livre e ninguém o/a obriga a visitar-nos.

      1. Tem razão, ninguém me obriga a visitar-vos.
        É difícil explicar tudo do início até às conclusões, foram muitos anos de caminho.
        É difícil chegar às minhas conclusões se não fizermos corta-mato. Aquilo a que chama sites anti-vacinação, são sites que revelam coisas que foram abertamente divulgadas a custo de muitas vidas e vidas destroçadas. Tenha respeito, não me estaria a expor por mera brincadeira.

        Vão com calma, as coisas não são bem como parecem, muitas boas teorias passaram ao esquecimento e são mantidas como pseudocientíficas há muitas, muitas décadas. Não sei se sabiam mas os médicos são os que menos vacinam os filhos. Os enfermeiros lêm os rótulos e sabem o que lá vem, eles falam se estiver em particular dento de um espaço de confiança, o medo reina!

        Como chego às minhas conclusões? Essa é uma resposta é impossível de lhe dizer por aqui, envolve demasiada informação e correlações. Há tanta coisa tão variada que converge para o mesmo ponto, este pessoal não pode estar todo enganado ao mesmo tempo. Não pode!!!

        Veja e grave este documentário, isto é uma pequenina amostra apenas:
        Em mentiras confiamos

        Apesar de Henrik Svensmark ter provado que o CO2 nada tem a ver com o chamado aquecimento global.
        Bill Gates declara guerra ao carbono (ora nós somos criaturas de carbono
        http://youtu.be/ZIU0LtXhSBY (ver até ao fim focando aos 09m56s)

        BILL GATES diz claramente.. Diet, Injections and Injunctions – Sunday Update
        http://youtu.be/dbja1mQyR_4

        E vamos lá, não existe o conceito de “Vacinas” homeopáticas na Teoria Homeopatia, não sei de onde surgiu tal coisa, isso é um mero slogan comercial.
        A ciência por si é neutra, o problema está no poder que serve.
        Mais perguntas, use o meu mail e poderá apagar daqui o que lhe aprouver.

        1. “Aquilo a que chama sites anti-vacinação, são sites que revelam coisas que foram abertamente divulgadas a custo de muitas vidas e vidas destroçadas. Tenha respeito, não me estaria a expor por mera brincadeira.”

          Tem toda a razão, os sites anti-vacinação são sites que revelam coisas a custo de muitas vidas. A prova está nos casos de crianças que morrem de doenças que podiam ser facilmente prevenidas com o uso de vacinas.

          Pense um bocadinho, não se limite a ver vídeos no You Tube, veja os índices de mortalidade infantil e a proliferação de doenças graves como a varíola (que foi erradicada graças à vacina), sarampo, tosse convulsa e compare com os números dos anos ’90 e agora com o regresso de doenças que tinham desaparecido do mundo “ocidental”. E veja se o regresso não está directamente relacionado com o movimento anti-vacinação.

          “Não sei se sabiam mas os médicos são os que menos vacinam os filhos.” E os dados que comprovam esta afirmação? Foi buscá-la ao You tube também?

          “Como chego às minhas conclusões? Essa é uma resposta é impossível de lhe dizer por aqui, envolve demasiada informação e correlações. Há tanta coisa tão variada que converge para o mesmo ponto, este pessoal não pode estar todo enganado ao mesmo tempo. Não pode!!”

          Não pode? Porquê? Eu percebo que seja fácil fazer correlações quando se ignora algumas ideias básicas de ciência e quando se desconhece a história e dados actuais em relação a epidemias, doenças infecto-contagiosas e, especialmente, quando tudo o que se vê são vídeos de propaganda. Mas a ideia de popularidade não é suficiente para justificar essa crença, se existem dados concretos para contrariar o que lhe disse, apresente-os.

          Continua com a mesma táctica de introduzir assuntos que não dizem respeito ao tema (vacinas). Se quiser falar de alterações climáticas, faça um favor, não abra o You Tube e pesquise sites onde se discuta ciência, não propaganda.

          A Fundação Bill Gates tem como propósito levar vacinas a locais onde até agora proliferam doenças graves, capazes de proporcionar a morte e a incapacidade a crianças. Também tem como objectivo a introdução de planeamento familiar a famílias onde o acesso a contraceptivos é proibitivo. O planeamento familiar é importante para a sustentabilidade das pessoas. Não há nada de eugenia no plano da Fundação. Se eu tivesse um pingo de ideias conspiracionistas diria que existe um lobby no Ocidente ansioso por manter o 3º mundo no estado em que permanece – onde doenças que são facilmente prevenidas matam milhares de crianças, onde o acesso a bens essenciais de saúde é simplesmente inexistente e onde as famílias não podem decidir quando e quantos filhos querem ter.

          “E vamos lá, não existe o conceito de “Vacinas” homeopáticas na Teoria Homeopatia, não sei de onde surgiu tal coisa, isso é um mero slogan comercial.”

          Tem toda a razão. Não existe “vacinas” homeopáticas e isto é um mero slogan comercial. Um potencialmente perigoso já que induz as pessoas em erro.

  5. Bom, acho que algumas afirmações de resposta revelam má intenção, certamente que não foram buscar isso ao You tube, começo achar que vocês pretendem fazer o papel da CointelPro ou da Common Purpose, pelo que se escolhem ser cegos isso é um problema vosso. Acabam de me chegar ao mail os seguintes links, que aliás ainda deveriam ser capazes de se lembrar, por ser um evento recente:

    Doença do sono incurável afecta 800 crianças que tomaram vacina contra H1N1
    http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=611754

    Vacina para gripe suína pode ter causado narcolepsia em crianças na Europa
    http://veja.abril.com.br/noticia/saude/vacina-para-gripe-suina-pode-ter-causado-narcolepsia-em-criancas-na-europa

    Vacina faz 800 jovens desenvolverem doença incurável na Europa
    http://www.sidneyrezende.com/noticia/198537%20vacina%20faz%20800%20jovens%20desenvolverem%20doenca%20incuravel%20na%20europa

    https://news.google.pt/news/story?ncl=dUo2CCd3mcYh8aMvfMMiNhZec4QbM&hl=pt&topic=m&ict=ec

    Não tenho nada mais nada a acrescentar, limitar-me-ei a apreciar a vossa evolução ou retrocesso, já a minha avó dizia que “se apanha mais depressa um mentiroso do que um coxo”.

    1. Ninguém diz que as vacinas não têm efeitos adversos. Se tivesse lido com atenção este post, teria visto isso mesmo. De uma maneira geral os efeitos secundários são ligeiros e os casos graves que existem são bem monotorizados. Daí que se existe uma reacção adversa, tal e qual como aquela que supostamente aconteceu em África, o caso é investigado. E caso seja necessário, a vacina é retirada do mercado.

      O mesmo se passa quanto às crianças que foram vacinadas contra o vírus H1N1. A vacina foi retirada de circulação por precaução, dada a gravidade da situação. Agora, é preciso LER com atenção.

      É possível que haja uma relação causal entre os casos de narcolepsia e a vacina ou o adjuvante. Essa relação está a ser investigada. Parece que esta reacção se deu num grupo que aparenta ter uma propensão genética para desenvolver narcolepsia. Ainda não se sabe se outras crianças sofreram a mesma reação fora da Suécia ou Finlândia, mas parece que não.
      Para saber mais sobre esta questão, veja este texto
      http://www.sciencebasedmedicine.org/index.php/pandemrix-and-narcolepsy/

      Isto não invalida a vacina contra esta estripe do vírus da gripe, ou contra a gripe em geral e muito menos as vacinas na generalidade. Elas continuam a salvar vidas e nesses números, os “teóricos” das conspirações nunca falam.

      São questões delicadas, mas que não se resolvem com alarmismos e mentiras (como é o caso do movimento anti-vacinação que insiste que TODAS as vacinas são más e que as doenças que previnem não são graves). Por isso, acho curioso que venha para aqui acusar-nos de mentiras ao mesmo tempo que enche a caixa de comentários com a propaganda do movimento anti-vacinação.

    2. A possível ligação da vacina pandemrix à narcolepsia (num grupo bastante restrito) é, ironicamente, um exemplo não a favor do movimento anti-vacinação, mas contra este, porque demonstra precisamente que os sistemas de aviso estão a funcionar e que não existe nenhuma conspiração maquiavélica para ocultar seja o que for. Aparentemente nas faculdades de ciência e medicina do Youtube não ensinam que os efeitos secundários são uma realidade de qualquer medicamento que possua também efeitos primários (ie, que funcione), mas fica agora a saber. A expressão desses efeitos secundários irá variar com a variabilidade genética na população. Há quem não possa tomar vacinas que contenham albumina, por exemplo, que não é nenhum elemento altamente tóxico mas um proteína que se encontra no ovo.

      Tomar a vacina contra uma doença mortal como a gripe, porque é realmente mortal, especialmente na terceira idade ou quando já se tem outras complicações, sobrepõe-se claramente a não tomar a vacina pela altamente remota possibilidade de possuir um perfil genético que predispõe para efeitos adversos. Fazê-lo é tão irracional como não andar de avião porque já houve aviões que caíram, quando as estatísticas indicam claramente que é o meio de transporte mais seguro. O exagero dos perigos das vacinas e a simultânea desvalorização das suas vantagens é uma táctica bastante comum da propaganda anti-vacinação.

      Nos casos em que é possível saber quem é mais predisposto a desenvolver efeitos secundários perigosos, o que se faz é recomendar que não se tome vacina. Este é um mundo cheio de incertezas mas também de muitas probabilidades calculáveis. Um mundo a preto-e-branco, de heróis e vilões e das certezas absolutas é completamente irreal.

  6. vacinar é colocar mais vírus no organismo, enfraquecendo a imunidade, abrindo portas
    para doenças……temos que higienizar, desintoxicar organismo com vegetais organicos, ervas, homeopatia….equilibrar a mente com cultura racional e afins….
    sarampo,cachumba é natural….basta tomar chás e esperar passar….não
    precisamos de mais vírus….quem ganha é a bilionária industria farmacêutica e cia…

    1. Cara Ivone,

      O seu comentário é algo confuso. Por um lado diz que o Sarampo e (imagino que cachumba seja) tosse convulsa são naturais. Tem toda a razão, são doenças causadas por vírus e bactérias naturais. Logo em seguida, diz que não precisamos de mais vírus e não se apercebe que através da vacinação podemos eliminar a probabilidade de sermos contagiados por vírus e bactérias.

      Diz que a indústria farmacêutica ganha com as vacinas. Mas tente imaginar os custos (e os proveitos da Indústria farmacêutica) com as hospitalizações e cuidados acrescidos pelos efeitos nefastos que doenças como o sarampo e a tosse convulsa. A Indústria farmacêutica teria muito mais a ganhar se deixassem de produzir vacinas, já que PREVINEM doenças.

      As vacinas eliminaram a incidência destas doenças do nosso dia-a-dia e julgamos que não são nefastas. Infelizmente a ignorância e interesses ideológicos fazem com que se espalhem mitos e informação potencialmente perigosa. Os resultados dessa campanha irresponsável estão bem visíveis: Deixa-se de vacinar e estas doenças estão de volta, causando sofrimento desnecessário e até a morte a várias crianças.

    2. Cara Ivone,

      Tem toda a razão: vacinar é colocar vírus no organismo (SE a vacina for contra uma doença vírica, entenda-se; em muitos casos, não o é).
      E ter uma doença vírica (ou bacteriana), é o quê?
      A doença só ocorre quando os agentes patogénicos entram no nosso organismo.
      A diferença é que, caso a pessoa tenha sido vacinada, o seu sistema imunitário já está preparado para responder em caso de contágio!
      Não sei onde é que obteve a informação que aqui tenta disseminar, mas não foram fontes científicas, com certeza.
      A vacinação não enfraquece o sistema imunitário, mas sim FORTALECE. Esse é o seu princípio! A vacina contém elementos estimuladores do sistema imunitário. Que elementos são esses? Bactérias o vírus mortos ou enfraquecidos. O nosso sistema reage a esses agentes patogénicos que nao causam a doença (porque estão mortos ou enfraquecidos; ou porque se trata apenas de algumas proteínas dos mesmos) ficando assim preparado para um verdadeiro contágio no futuro.

      Também tem razão quando diz que as doenças são naturais.
      As consequências dessas doenças, como o sarampo e a parotidite ou papeira (a que chama cachumba), também são naturais e incluem a morte.
      Aliás, a morte é do mais natural do mundo.
      Deixemos a natureza actuar…

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