Os astros não se alinharam para que fosse no dia 21 de Dezembro, mas com certeza não nos lançarão pragas por adiantarmos a festa para o dia 14, deixando tempo às mentes curiosas que nos acompanham para umas últimas compras newtonianas.
Este ano, damos uma grande volta ao formato — e aos temas que temos vindo a tratar — e convidamos Rui Zink para uma conversa em torno do seu mais recente livro:
Manual do Bom Fascista
Numa época em que a extrema-direita conquista visibilidade e espaço político, em que sentimentos como o preconceito e o ódio com o que é diferente são cada vez mais frequentes e em que o autoritarismo aparenta ser mais espontâneo, parece o contexto ideal para trazer a debate o Manual do Bom Fascista. Este é um livro escrito num formato de curtas lições em que o autor reflecte e disserta, com imensa ironia e humor, sobre o que é ser fascista. Perto do final do livro há um inquérito para avaliar se o próprio leitor é fascista — o fascistómetro. E se, à medida que fôssemos lendo, descobríssemos que temos um pequeno ditador dentro de nós? Seria isso uma surpresa?
Com esta conversa pretendemos abordar temas da actualidade como a intolerância, o politicamente correcto e o estado da sociedade actual. Estamos convencidos que, com esta iniciativa, também desafiaremos o nosso sentido crítico e de auto-avaliação.
Sobre o convidado:
Rui Zink nasceu em Lisboa em 1961. É escritor, professor no Departamento de Estudos Portugueses na Faculdade da Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa e investigador no Instituto de Estudos de Literatura e Tradição na mesma universidade. Tem dezenas de livros publicados, entre ficção e ensaio, e a sua obra está traduzida em 15 línguas. Publicou, entre outros, os romances Hotel Lusitano (1987), Apocalipse Nau (1996), O Suplente (2000) e Os Surfistas (2001); é também co-autor de Major Alverca.
E vocês, querem vir aprender com este instrutor?