Em 1969, o mundo assistiu com emoção à chegada do homem à Lua através da maravilhosa «caixa mágica». Hoje, ao ligarmos um televisor, percebemos que, depois de um gigantesco salto, demos um valente trambolhão. Na era da pós-verdade e dos factos alternativos, todos os dias parecem 1 de Abril. Programas matinais promovem adivinhos e feitiços contra o mau-olhado, documentários legítimos misturam-se com outros onde aprendemos que as pirâmides foram construídas por extraterrestres e nos intervalos publicitários brindam-nos com alegações de saúde mirabolantes.
«Afirmações extraordinárias exigem provas extraordinárias.» A frase é do grande cientista – e céptico – Carl Sagan e conduz ao objetivo deste livro: promover o uso do pensamento crítico e racional, com apoio no método científico.
– Os alimentos ditos naturais, que também contêm químicos, são mais seguros?
– Será que o destino está escrito nas estrelas e nas cartas de tarot?
– Devemos ter medo das vacinas e proibir os organismos geneticamente modificados?
– Será que no antigo Egipto não existia já tecnologia para construir as pirâmides?
Somos diariamente confrontados com todo o tipo de afirmações. Muitas parecem ser científicas, mas as aparências iludem. Das dietas milagrosas à homeopatia, das pulseiras do equilíbrio à adivinhação, das teorias da conspiração, dos malefícios do glúten ou das vacinas às curas para o cancro, passando pelo não-jornalismo de base científica ou pseudocientífica, esta obra aborda dezenas de situações de cariz duvidoso.
E oferece respostas: dá dicas para pensar como um cientista, desenvolver postura céptica e pensamento crítico. Para que não se deixe enganar.