Os vencedores

Prémio Unicórnio Voador 2012

A selecção dos premiados aconteceu em duas fases, uma de nomeação e outra de votação, processo no qual a COMCEPT contou com a preciosa ajuda dos seus seguidores. A revelação dos resultados no dia 1 de Abril, Dia das Mentiras, prende-se não só com a carga humorística do prémio mas também com o seu objectivo mais profundo – que é o de estimular a reflexão sobre a prevalência e influência da pseudociência, da superstição e da desinformação na nossa sociedade que, conscientemente ou inadvertidamente foi ou é ainda promovida pelos premiados.

As categorias:

  • O Rei Vai Nu – Para todos os que façam afirmações duvidosas e incríveis sem evidências ou contra elas.
  • Dom Quixote – Para a afirmação ou teoria mais alienada, para a recusa em encarar a realidade e para a defesa do indefensável.
  • Grafonola – Para os meios de comunicação e os seus agentes (jornalistas, impressa, televisão).
  • Estrela cadente – Para as estrelas de televisão e do mundo artístico, desportivo ou social.
O Rei Vai Nu
O Vencedor: Escola Básica do 2.º e 3.º ciclos de Arazede
Uma escola que promoveu a pseudociência do fosfenismo, colocando alunos a olhar para lâmpadas para obterem melhores resultados escolares. Um assunto que foi aprofundado por Carlos Fiolhais e David Marçal no seu livro Pipocas com Telemóvel e outras histórias de falsa ciência.
Dom Quixote
O Vencedor: Fundação Bial
Pela atribuição de bolsas de investigação a estudos de parapsicologia, uma área frequentemente associada a estudos de qualidade questionável e que há mais de cem anos falha em produzir evidências conclusivas da existência de fenómenos paranormais.
Grafonola
O Vencedor: SIC
Pelo tempo de antena dado ao programa “Cartas da Maya”, onde se chegou a oferecer conselhos médicos, sem qualquer valor, mas muito bem pagos através de chamadas de valor acrescentado.
Estrela Cadente
O Vencedor: Fátima Lopes
Pela promoção acrítica e quase diária de todo o tipo de pseudociência e superstição no programa “A Tarde É Sua” da TVI, desde a bruxaria à homeopatia, passando pelas premonições e a mediunidade. A isto acrescenta-se a humilhação pública de pessoas a quem é dito que a “máquina da verdade” consegue realmente distingui-la da mentira, algo que não é aceite nem pela comunidade científica nem pelos tribunais.

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