Os vencedores

Prémio Unicórnio Voador 2014

A selecção dos premiados ocorreu em duas fases, uma de nomeação e outra de votação, um processo que contou com a preciosa ajuda dos internautas. A revelação dos resultados no dia 1 de Abril, Dia das Mentiras, prende-se não só com a carga humorística do prémio, mas também, com o seu objectivo mais sério e profundo – que é o de estimular a reflexão sobre a prevalência e influência da pseudociência, da superstição e da desinformação na nossa sociedade.

As categorias contempladas este ano foram:

  • O Rei Vai Nu – Para todos os que façam afirmações duvidosas e incríveis sem evidências ou contra elas.
  • Grafonola – Para os meios de comunicação e os seus agentes (jornalistas, impressa, televisão).
  • Estrela cadente – Para as estrelas de televisão e do mundo artístico, desportivo ou social.
O Rei Vai Nu
O Vencedor: Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa
A Faculdade de Farmácia da U.L. aproveitou a lei das terapias não-convencionais para lançar um “curso avançado em medicamentos homeopáticos”. Não sabemos a diferença entre o curso avançado e o curso básico, mas gostaríamos de imaginar que, no avançado, os farmacêuticos são recomendados a não dispensar qualquer medicamento homeopático sem antes explicar que são só água e açúcar.
Grafonola
O Vencedor: RTP1
Pelo espaço que o Telejornal ofereceu à pseudociência com as reportagens “Acreditar”. Uma autêntica vitrina em horário nobre para, entre outras coisas, diagnósticos médicos por medição de palmos de roupa, curas para o cancro com raízes e previsões da data da morte pela “física quântica”. Ao todo, foram 34 minutos e 39 segundos de publicidade a produtos e serviços milagrosos que não foram acompanhados de qualquer análise crítica.
Estrela Cadente
O Vencedor: Gustavo Santos
Esperar é a coisa mais ridícula que um ser humano pode fazer. Mas esperar não quer dizer aguardar, esperar vem na verdade de “espe-r-ar”, que quer dizer “espetar” ou “atirar” postas de pescada ao “ar”, uma habilidade essencial para entrar no negócio da auto-ajuda e do coaching. Mas será que também é essencial culpabilizar as vítimas de violação, violência doméstica e ataques terroristas?

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